A Fifa foi convocada para agir depois de acusações de que Paul Pogba e Ousmane Dembele foram vítimas de injúria racial ao jogar pela França na Rússia, nesta terça-feira. Ambos os jogadores teriam sido alvo de gritos de macaco por uma parte da torcida, já que a França venceu os anfitriões da Copa do Mundo deste ano por 3 a 1 em St’s Petersburg.
O Futebol Contra o Racismo na Europa (FARE, sigla em inglês) pediu a FIFA para iniciar uma investigação, enquanto a ministra francesa do esporte, Laura Flessel, pediu uma ação unificada:
“O racismo não tem lugar nos campos de futebol”, escreveu ela no Twitter. “Temos de agir em união a nível europeu e internacional para impedir este comportamento inadmissível.”
A Federação Russa de Futebol teria dito à ESPN que estava ciente das queixas. A Federação Francesa de Futebol e a FIFA também foram contatadas para comentar. Piara Powar, chefe da FARE, disse:
“Deveria haver o suficiente para a Fifa iniciar o processo. Se os fotógrafos ouviram do lado de fora, então os dirigentes e outros funcionários também devem ter escutado. Se, agora, esses caras não souberem o que fazer, e não estiverem iniciando procedimentos e protocolos quanto a isso, então isso não é um bom prognóstico para a Copa do Mundo. Tão perto da Copa do Mundo, estão sendo feitas perguntas sobre por que isso foi tratado quando ocorreu durante o jogo.”
A FARE registrou 89 incidentes ligados a extremistas racistas e de direita no campeonato russo em 2016-17. Este é o terceiro caso de racismo no Estádio St. Petersburg, que deve receber uma semifinal da Copa do Mundo.