»PRÉ-JOGO
Apenas três dias após a vitória do United em Old Trafford, sobre o Hull City, no sábado(29), a equipe tão logo volta a campo no mesmo estádio, agora enfrentando o Stoke. O time de Louis van Gaal vem com antigos e novos desfalques: os já antes lesionados, Blind, Shaw, Jones e Rafael seguem de fora; enquanto Di Maria e Rooney, que sofreram pancadas no último confronto, por prevenção, também não devem jogar. Já os Potters, na última rodada, apesar da derrota, deram trabalho para o Liverpool, e irão tentar de tudo para fazê-lo novamente no Teatro dos Sonhos. Há de se tomar os cuidados necessários; como disse van Gaal: “não existe jogo fácil na Premier League.”
»O JOGO
Como o esperado, o início do jogo se deu com o Stoke totalmente retraído em seu campo de defesa à espera de um precioso contra ataque. O United se lançou todo à frente e procurou mexer bastante suas peças de meio campo na tentativa de furar um certo bloqueio imposto pelos Potters. A equipe da casa formatava-se, então, em um 4-3-2-1 com Young e Valencia abertos como legítimos laterais e Fellaini, Herrera e Mata trocando repetidamente de posição; Wilson e van Persie soltos mais à frente.
Embora dominado territorialmente pelo United, o Stoke não sofria uma pressão composta por chances concretas dos mandantes. A primeira oportunidade clara dos diabos vermelhos só veio a acontecer com 16 minutos da primeira etapa. Begovic errou a saída de bola, van Persie ficou com ela e serviu Herrera na entrada da área que, afobado, bateu por cima, sem perigo.
Todavia, com 21 minutos, Mata abriu para Herrera na esquerda, o espanhol cruzou na segunda trave achando Fellaini, e o belga, tão importante nesse novo meio campo do United, cabeceou forte, no chão, para abrir o placar em Old Trafford. 1 a 0. Nove minutos mais tarde, foi a vez da equipe do Stoke levar perigo. Após cruzamento da esquerda, Bojan chegaria para estufar as redes de De Gea se não fosse o bloqueio preciso de Rojo, que jogou a bola para longe.
À medida que o tempo passava, o Stoke tinha cada vez mais dificuldades para sair com a bola e errava constantemente o primeiro passe, dando, assim, chances ao United de ampliar o placar. Em contrapartida, o Stoke não abdicou de atacar; muito pelo contrário. Após dividida, Fellaini levou às mãos ao pescoço e saiu do lance, Bojan acreditou na jogada, arrancou, e a bola sobrou, livre, para Nzonzi acertar belo chute no canto esquerdo de De Gea – espaço livre, muito pela ausência de Fellaini, sentindo o pescoço. Tudo igual, 1 a 1.
No lance posterior ao gol, o personagem do jogo, Fellaini, teve a chance de marcar o segundo, mas Begovic praticou milagre em lance na pequena área. A primeira etapa terminava empatada em um jogo de poucas chances claras e um gol para cada lado. A posse era toda dos mandantes, contudo, era necessário converter isso em chances de gol. O United precisava fazer mais no segundo tempo para sair vitorioso.
»SEGUNDO TEMPO
A etapa final não trouxe substituições. O United tentava encontrar a defesa do Stoke desguarnecida, mas, visto a dificuldade de fazê-lo, precisava brigar mais, dividir mais; o Stoke, bem montado, não fugia de uma bola sequer. Porém, o gol saiu. Aos 59 minutos, em cobrança de falta de Mata, um quase raspão de cabeça de Rojo recolocou os donos da casa à frente do placar. 2 a 1 e o gol dado à Juan Mata.
Logo após o gol, o United continuou atacando o Stoke e só não marcou o terceiro porque Bardsley salvou em cima da linha desvio de Fellaini. Sem abdicar de atacar, o United trocava mais passes e tentava dominar o jogo através da posse de bola, impedindo o Stoke de se aproveitar de um possível momento de êxtase da equipe vermelha. Aos 68, Bojan tentou surpreender De Gea em cobrança de falta, mas mandou para fora.
Em grande arrancada de Wilson uma grande chance perdida. O jovem atacante do United trouxe a bola do meio campo, driblou um marcador e, com van Persie livre ao lado, tentou o gol. Falhou por pouco. O garoto mostrava- e mostra- personalidade. Aos 75, Herrera recebeu com liberdade na entrada da área e rolou na direita para Fellaini bater por cima do gol de Begovic.
O tempo ia se esgotando e o United torcia por tal. O Stoke tentava, nos minutos finais, conseguir um importante empate. E os acréscimos guardaram emoções fortíssimas: primeiro, De Gea fez mais um de seus inúmeros milagres ao longo da temporada, em cabeçada frente a frente com Diouf; em seguida, após outra intervenção salvadora do goleiro espanhol, a bola sobrou para Diouf, sem goleiro. O senegalês, ex-manchester, não contava, porém, com a presença providencial de Ashley Young, em cima da linha, para salvar os diabos vermelhos.
Muito suor, luta e disposição garantiram importantíssima e necessária vitória do Manchester sobre o Stoke City. O United fez os seis pontos esperados nesses dois jogos em casa, em quatro dias, que consolidam a equipe do g4 e permitem o anseio por voos mais altos. Nas próximas duas rodadas, dois jogos decisivos: Southampton fora e o clássico com o Liverpool em Old Trafford.
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Detalhes
Escalações
Manchester United: De Gea; Valencia, Smalling, Rojo, Young; Carrick, Herrera( Fletcher 85′), Fellaini; Mata( Januzaj 92′); van Persie e Wilson( Falcao 77′)
Stoke City: Begovic; Bardsley, Shawcross, Wilson, Pieters; Cameron, Nzonzi; Ireland( Arnautovic 81′), Bojan, Assaidi( Crouch 76′); Diouf
Gols
Manchester United: Fellaini( 20′) e Mata( 59)
Stoke City: Nzonzi( 38′)
Cartões Amarelos
Manchester United: Herrera( 60′)
Stoke City: Bardsley( 40′), Pieters( 58′) e Ireland( 71′)
Por Breno Zonta
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