» PRÉ-JOGO
Após um empate no apagar das luzes de Old Trafford contra o Chelsea, o United visita os rivais da cidade em busca de uma vitória que o colocaria na sexta posição – um ponto atrás, inclusive, do City(3º colocado). Já os azuis de Manchester necessitam de uma vitória para encostar no cada vez mais líder Chelsea e, acima de tudo, recuperar a moral da equipe que foi eliminada da Capital One Cup no meio da semana; Silva e Lampard estão fora da partida, machucados. O United conta com a volta do capitão Wayne Rooney- que volta de suspensão-, e Ander Herrera; o colombiano Falcao Garcia e o brasileiro Rafael, todavia, estão de fora do jogo, também lesionados.
» O JOGO
Clássico de Manchester é clássico de Manchester. Não importa fase, dia, temporada. Como esperado, o clássico começou com muita disputa e aplicação tática das equipes, atitudes dignas de um bom clássico local. Os esquemas táticos se encaixavam, o que preservava os duelos individuais e que exigia, de cada jogador, inteligência e muito combate no mano a mano. A atmosfera que a torcida mandante tentou colocar no jogo açulava os jogadores da equipe azul, entretanto, os jogadores do United não se intimidaram e foram para o jogo.
A primeira boa chance do jogo foi da equipe vermelha. Após bom contra ataque puxado, a troca de passes pelo alto encontrou Januzaj que finalizou rente à meta de Hart. Aguero, na velocidade, sempre que escapava, levava perigo à defesa do United e Rojo tinha dificuldades para marcá-lo. Aos 19, parou em De Gea, em chute cruzado. O espanhol, que aliás, vive grandíssima fase. Depois, praticou milagre frente a frente com Navas e, em seguida, outra grande defesa, salvando o United. O jogo ficava paulatinamente mais brigado e as jogadas, mais ríspidas. Ninguém quer perder um clássico.
Com 28 da primeira etapa, boa cobrança de falta de Yaya Toure por cima do gol de De Gea. Em seguida, a resposta vermelha: boa cobrança de falta de Di Maria e, após um bate-rebate na pequena área, a bola quase sobrou para Fellaini. O jogo era muito equilibrado, assim como a posse de bola, uma vez que as duas equipes faziam questão de prezar por ela. Cada momento era decisivo. As chances claras não eram tão presentes conforme passava o jogo, muito pelas duas equipes, de certa forma, estarem reticentes em desguarnecer suas respectivas defesas.
Aos 38 minutos, após carrinho forte em Milner, Smalling recebeu amarelo. Nada a declarar se não fosse o mesmo Smalling que havia tomado antes um primeiro amarelo em tentativa de bloquear, de forma infantil, lançamento do goleiro Hart, resultado: Smalling expulso do clássico. Em resposta, Van Gaal resolveu mexer e Januzaj deixou o campo para Carrick compor a zaga ao lado de Rojo.
A expulsão tiraria um pouco do poderio ofensivo da equipe, no entanto, era necessário proteger a defesa, ainda mais tratando de um jogo desse tamanho. Com dois pedidos de pênalti discutíveis dos Citizens, o primeiro tempo se deu por encerrado sem gols.
» SEGUNDO TEMPO
A segunda etapa começou fervendo. Como esperado, após a expulsão de Smalling, o City encontraria espaços, principalmente pelas laterais, para tentar sufocar os Red Devils. A chance do United era, suportando a pressão dos mandantes, puxar um contra ataque e, na velocidade, tentar surpreender os mandantes; além disso, sem dúvidas, precisava contar com o talento de seus principais jogadores, até então, pouco efetivos na partida.
Aos 62, não teve jeito. Linda enfiada de Yaya Toure para a subida de Clichy pela lateral esquerda que cruzou na medida para o arremate de primeira de Kün Aguero. Placar aberto no Etihad Stadium. E o City continuava atacando: Jovetic recebeu na entrada da área e tentou colocar no canto esquerdo de De Gea, que foi muito bem na defesa. Em seguida, boa resposta vermelha. Em boa jogada de van Persie pela direita, o holandês finalizou levando perigo à meta de Hart, que jogou para escanteio.
Aos 74, Yaya Toure achou sozinho Navas pela direita, e o espanhol balançou a trave de De Gea. Na sequência, em arrancada magistral de Wayne Rooney, a bola ficou para Di Maria que chutou cruzado e exigiu plástica defesa de Hart. O United estava no jogo. Como já visto em outras situações parecidas, a equipe mesmo com um a menos não desiste até o apito final.
Faltando nove para o fim do jogo, van Gaal sacou seu conterrâneo van Persie e acreditou na entrada do garoto Wilson. Apesar de desfalcado numericamente, o final do jogo ia ser de pressão do United. Em resposta, Pellegrini trancou o meio campo com a entrada de Fernandinho no lugar do autor do gol do jogo, Kün Aguero. Aos 84, em cobrança de escanteio de Di Maria, Fellaini cabeceou forte por cima do gol. A equipe tentava.
Faltando dois para o final do tempo regulamentar quase uma pintura de Toure: depois de drible desconcertante, o marfinense colocou no canto de De Gea e por pouco não marcou um gol de placa. O árbitro assinalou cinco de acréscimo. O United acreditava. Brigava. De nada adiantou. Um jogo que já era dificílimo por si só, com uma expulsão antes do intervalo, dificultou demais as ações da equipe vermelha na partida. Fim de papo no Etihad, 1 a 0 City.
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Detalhes
Escalações
Manchester City: Hart; Zabaleta, Kompany, Demichelis, Clichy; Fernando, Yaya Toure; Navas, Jovetic( Dzeko 71′), Milner( Nasri 69′); Kün Aguero( Fernandinho 83′)
Manchester United: De Gea; Valencia, Smalling, Rojo( McNair 55′), Shaw; Blind, Fellaini; Di Maria, Rooney, Januzaj( Carrick 39′); van Persie( Wilson 81′)
Gols
Manchester City: Aguero ( 63′)
Cartões Amarelos
Manchester City: Demichelis ( 60′), Zabaleta (78′), Fernando (79′)
Manchester United: Blind (27′), Smalling (31′ e 38′)
Cartões Vermelhos
Manchester United: Smalling ( 38′)
Por Breno Zonta
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