Quatro gols nos últimos quatro jogos, balançou a rede 75 vezes desde a temporada 2011/2012(mais que qualquer outro jogador), tem sete gols em 10 jogos contra o Liverpool e está concorrendo ao Prêmio Puskás de gol mais bonito desse ano. Apesar de tudo isso ainda tinha gente que achava que ele deveria deixar o time titular. Já sabe quem é? Robin van Persie.
Li e vi desde o começo da temporada que nosso artilheiro holandês já não era mais o mesmo. Estava sem vontade e não tinha mais a mesma velocidade e explosão de antes. Andava escondido durante as partidas, fugindo da responsabilidade. Pois eu duvidava de todas essas afirmações. Um cara de toque refinado na bola com uma categoria para chutar que poucos têm não se esquece de como se joga bola de um dia para o outro. E eu só precisava que uma pessoa compartilhasse da mesma opinião comigo: Louis van Gaal. Nosso treinador sabe muito melhor do que eu da capacidade de RVP. E sabia também que a melhor forma e tirá-lo da má fase era deixando-o jogar.
Até porque, jogar o garoto James Wilson de titular no meio de uma reformulação com o time ainda cambaleante podia queimar uma promessa que mostra excelente potencial. O camisa 49 demonstra personalidade, rapidez nas pernas e no pensamento mas algumas vezes peca em pequenos detalhes que ao longo do tempo e com a companhia de van Persie, Falcao e Rooney ele corrigirá e com certeza vai se tornar um primoroso atacante.
Outra coisa que me impressiona em Robin é a vibração dele quando marca um gol. É algo indescritível. A felicidade com que ele corre e fica observando a torcida celebrar deixa qualquer um arrepiado. Um exemplo fácil é do jogo contra o Chelsea e o gol salvador no último minuto. Simplesmente emblemática a reação dele. Muito melhor do que Balotelli, por exemplo, que acha desnecessária a comemoração de um gol. Talvez por isso há tanto tempo ele não marque um.
Além de tudo ele é um jogador que pensa muito na equipe. Pode não aguentar correr o campo todo como Wazza faz, mas sempre procura ajudar seja na marcação ou na abertura de espaços para os companheiros. Após a partida, ele agradeceu a torcida mais uma vez e comentou a atuação dos companheiros.
“Os torcedores foram absolutamente brilhantes, hoje, do começo ao fim. Mais uma vez estivemos com 12 em campo e isso foi necessário em certos momentos. Acho que no fim das contas foi um excelente jogo com um magnífico David (De Gea), de novo. (…) Eu acho que nesse tipo de partida, é sempre importante abrir o placar, isso te dá mais calma e acho que mesmo diminuindo a velocidade às vezes conseguimos manter bem a bola. Acho que Carrick, hoje, fez muita diferença. Ele é muito confiante com a bola. Jones e Jonny(Evans) jogaram muito bem. Toda a linha de defesa jogou muito bem, eles estiveram muito tranquilos hoje.”
Espero que van Persie continue jogando do jeito que vem jogando. Poucos chutes e uma taxa de conversão altíssima. Dessa forma, as arquibancadas poderão ecoar o nome dele por mais muito tempo.
OH ROBIN VAN PERSIE! OH ROBIN VAN PERSIE! OH ROBIN VAN PERSIE!
Por Matheus Garzon
www.mufcbr.com