Uma vitória ali na Champions League, uma derrota na Premier League, um empate maroto com um time sem aspiração. Esse é o cenário da temporada atual do Manchester United. Já estamos na metade da temporada, e o time não consegue engrenar. Na atual campanha, três vitórias seguidas é uma façanha espetacular. A que ponto chegou o United? Quem são os responsáveis? O que está faltando? Vou tentar responder nessa coluna de um torcedor fanático e indignado pelo momento do time.
Acompanho o United desde 2005. Acho que a última “tristeza” que tive com o time foi àquela eliminação precoce na UCL de 11/12. Ok, entendo que aquilo faz parte do futebol. Participar de uma UCL requer mais do que a capacidade “futebolística” de um jogador. O psicológico conta muito. Psicológico esse que falta para a equipe “comandada” por Moyes. Vamos confessar uma coisa? Vamos todos abrir os olhos e reconhecer que o time é fraco. Sim, é fraco. Temos nome invejáveis como Rooney e Van Persie. Tá! Tem mais algum? Não. Não tem. O Manchester está longe de ter um time invejável. Agora alguns vão comentar: “mas esse mesmo time ganhou o inglês na temporada passada. O time é bom sim”. Mas essa meia dúzia de cegos fanáticos esquecem que temporada passada nós tínhamos um escocês diferente no time. Ferguson era o craque. O Moyes não sabe nem o que está fazendo ali.
Quem são os responsáveis? Pergunta fácil de responder. Moyes, diretoria, ego, salto alto e falta de confiança (algo que está diretamente relacionado ao David Moyes). O escocês é fraco. Igual ao Fergie não existirá. Não poderíamos cobrar nada igual à era do Sir, mas acho que merecíamos algo melhor. O senhor David não consegue passar confiança aos atletas, que também tem a sua parcela de culpa. O ego inflado, a soberba e o salto alto atrapalha. E como atrapalha. A diretoria errou? Sim. Tem que se pensar que, já que perdeu o elo principal da equipe (Fergie), é necessário montar uma máquina. Ao invés disso a diretoria contratou um nome apenas: Fellaini (mas que diabos ele está fazendo? É o Fellaini mesmo?). Continuamos com “Smallings”; “Youngs”; “Nanis”; “Welbecks” e outras pernas de pau no elenco. É necessário contratar. É necessário se desfazer desses pseudos jogadores. O mercado vai abrir em três semanas. Em três semanas queremos resultados.
A que ponto chegou o United? Quando se fala MANCHESTER UNITED, os adversários tremem. Pela história, que isso fique bem claro. Hoje, estamos numa temporada em que ninguém respeita. Vemos piadinhas e mais chacotas contra o time, que está numa situação PÍFIA, para não dizer outras coisas. O United sempre foi um time de brigar em todas as vertentes. Seja ela na Carling Cup como na UCL. O Manchester de hoje parece querer priorizar a UCL. Tá certo, mas se não acordar no inglês, como vai para a Champions 14/15, caso não seja campeão da UCL 13/14? É necessário usar o mesmo peso, tanto para o inglês, quanto para a UCL. Hoje, nós torcedores do United temos que ter pé no chão. No futebol tudo existe, mas não podemos falar com o mesmo “pulmão cheio” do que antes. Pelo menos não nessa temporada. Quem sabe na próxima.
O que está faltando? Raça. Paixão. Amor. Reconhecer que o Manchester United é mais que uma instituição de futebol. É deixar de preocupar se os rivais estão acima. É brigar em campo. É jogar futebol sem pirracinhas, picuinhas e outras brigas internas estúpidas que mancham a imagem do clube. É pensar que nos gramados sagrados de Old Trafford, já pisaram pés de santos, de ídolos, de lendas. É necessário aos jogadores de hoje que estão jogando no maior time da Inglaterra. Quiçá do mundo. Queremos Van Persie sendo Van Persie. Rooney sendo Rooney. Evra sendo Evra. Fellaini sendo Fellaini e por aí vai. Queremos aqueles jogadores que nos encantamos com seu futebol frio e mortal. Cadê a paixão? Cadê o futebol? Cadê o United? Cadê?
Metade da temporada se foi. O time está classificado para as oitavas da UCL. Agora começa o caminho pesado. Agora é o momento da virada de mesa. Faça o que for necessário. Se acharem certo manter o Moyes, mantenha. Se quiserem demitir, aleluia. Reconheçam os erros. Liberem os “tumores” do time. Jogador é substituível. Sem preciosismo. Queremos o Manchester de volta. Aquele que ganhar cinco, dez, quinze, vinte partidas seguintes. Não esse do vitória, empate, derrota, derrota e vitória. QUEREMOS O MANCHESTER UNITED!
Por Vinícius Toscano
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