Como já citado, a soberania em campo e as seguidas goleadas dos primeiros meses de temporada cessaram e deram início a uma fase de pequenos questionamentos. Além da derrota para o time de David Wagner, a qual finalizou o longo período de invencibilidade, o revés em Stamford Bridge trouxe à tona, após o desfeche diante dos Spurs, dúvidas acerca do poderio ofensivo e da possibilidade de derrotar o Manchester City na disputa ao título.
O Derby da cidade está próximo, José Mourinho, levando em consideração o ceticismo quanto ao desempeno do plantel diante das equipes do G6, deve ajustar o seu esquadrão o mais rápido possível e reconhecer, definitivamente, que a equipe de Josep Guardiola encontra-se à frente em termos técnicos. O que é preciso para alcançá-los e, ao longo da temporada, superá-los?
>>O grande rival
Escrevi, após a chegada de Guardiola, que deveria-se esperar uma clara evolução por parte dos rivais da cidade. Diferentemente de todos os trabalhos anteriores, o catalão chegava ao lado azul mancuniano visando a um projeto de longo prazo, implementando rigorosamente sua filosofia de jogo e permitindo ao clube uma mentalidade pretensiosa.
Os gastos foram expandidos. Quase reformulando o elenco por completo, Pep montou uma equipe aos seus moldes e pôde adquirir peças valiosas no mercado Europeu. De Leroy Sané a Ederson, este o arqueiro mais oneroso de todos os tempos, os Citizens possuem atletas de excelência e perfeitamente adaptados ao conceito de futebol total, herança “cruyffiana” de Josep.
Pouco demorou para que o trabalho de Pep, que tivera mais liberdade do que em qualquer outro anterior, surtisse efeito. Único inglês que mantém invencibilidade na temporada, 100% na Champions League, detentor do melhor ataque e apresentando 8 pontos de diferença ao segundo colocado, esta caminha a ser uma season memorável e gloriosa para o City, o que é de total desagrado ao nosso time. Ademais as invejáveis estatísticas, o rival coleciona atuações dignas do Barcelona comandado pelo mesmo treinador e pode, por assim dizer, levar aos mesmos desfechos vitoriosos. Derrotá-los será tarefa árdua.
>>O que se faz necessário para igualar-se ao líder
1. O playmaker
Mkhitaryan, quem começara a Premier League dando indícios de que deslancharia de vez na terra da rainha, aos poucos reduziu o nível das suas atuações e regrediu à mesma situação dos primeiros meses na Inglaterra. Questionado e de volta ao banco de reservas. Já impaciente com o armênio, Mourinho aparenta estar interessado a reatar a parceria com Mesut Ozil, já que o vínculo contratual do alemão com os gunners terá fim durante a transfer window de janeiro. Tal contratação seria de extremo impacto.
2. O nosso Kevin De Bruyne
Genial, monstruoso, impecável, world class. Não faltam elogios ao belga. Sendo de longe o melhor jogador da competição, Kevin casou perfeitamente sua dinâmica de jogo com o gênio catalão e vem sendo, até então, o fator de desequilíbrio dos azuis de Manchester. Certamente, um dos melhores jogadores do planeta.
Isso nos faz perguntar se há, no elenco red devil, algum jogador que possa igualá-lo em nível de atuações. Paul Pogba, tecnicamente indiscutível, foi prejudicado com uma lesão e não desfrutou de uma longa sequência de jogos. Tem, também, o peso de armar todas as jogadas do time despojado sobre si. Se este é, nas devidas proporções, o grande jogador do elenco, deve-se prezar que o seu jogo não encontre obstáculos.
3. Ampliar o poder de fogo
Antoine Griezmann é um dos melhores avançados da Europa. Por questões extra-clube, por assim dizer, não assinou com os devils durante a janela de verão. Porém, o francês ainda vê seu nome fortemente especulado como futuro objetivo do Special One.
Companheiro de seleção de alguns jogadores do elenco, Griezzy poderia, decerto, ampliar o poder de fogo do esquadrão e elevá-lo ao patamar desejável. Levando em consideração o fato de ser a melhor defesa da liga, apesar dos inúmeros desfalques, o Manchester United deveria direcionar seus esforços à compra de um atacante nos ditames citados aqui. Griezmann, quem até mesmo já considerou Manchester como um possível destino, pode ajudar Mou a derrotar, mais uma vez, Josep Guardiola.