Todos nós sabemos que Louis van Gaal é um técnico extraordinário e de personalidade diferenciada, porém há dois problemas que em certos momentos irritam os torcedores: a teimosia e o orgulho. Pelo menos não é tão polêmico como antes, quando ainda treinava o Bayern de Munique. A crítica em questão é a seguinte: a bendita insistência no 3-5-2.
Desde o início da temporada o holandês adota essa formação tática e somente em algumas ocasiões optou por um esquema diferente. Mesmo sacrificando o Mata, o 4-3-1-2 funcionou melhor ao meu ver, seguido do 4-4-2, como conferimos no 2º tempo do último jogo, diante do QPR. Por que ele teima em não entender isso?
A desastrosa partida contra o Southampton foi disparada a pior atuação da equipe na atual edição da Premier League. Além de novamente utilizar o 3-5-2, Van Gaal deve ter tomado vinho vencido para assim justificar as substituições absurdas. Quem em sã consciência troca Van Persie por Herrera quando se tem o garoto James Wilson disponível no banco de reservas? Consequentemente a derrota para o Saints foi muito merecida.
E a pergunta que não quer calar: qual a vantagem de usar um esquema com três zagueiros se a defesa é muito frágil? A estatística mostra que o United é o terceiro time menos vazado do campeonato, porém a realidade é outra. Os números são mentirosos algumas vezes e o MUFC só sustenta essa posição graças à De Gea.
Em 2013/2014 xinguei frequentemente o até então treinador David Moyes por nem dar oportunidades à Kagawa e Chicharito no time titular e agora Van Gaal nos obriga a criticá-lo por sua persistência em tentar fazer seus comandados jogar em um esquema tático que não traz rendimentos satisfatórios. Não podemos nos dar o luxo de ficarmos sem participar da Champions League outra vez e isso está acima de qualquer orgulho besta do nosso técnico que adora inventar.
Por Letícia Wincler
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