Manchester City 6×3 Manchester United
02 de outubro de 2022 | Etihad Stadium | Premier League
Um cometa em ascensão trouxe de volta os velhos e conhecidos traumas do United. 17 dias sem futebol, contando Data FIFA ou jogos adiados devido os acontecimentos em solo inglês, não foram suficientes para que o preparo e estudo por parte do United pudesse ser capaz de ao menos retardar o massacre citizen. 2 minutos foi o tempo necessário para que Dalot, tão elogiado em suas últimas aparições levasse o 1° cartão da partida; 3 minutos para que o primeiro bate e rebate na área do United nos trouxesse a dimensão de como seria o jogo; e 7 minutos para que o City pudesse marcar o 1° dos 6 gols.
O time da casa começou arrasador, um verdadeiro bombardeio pra cima de De Gea, tão acostumado com a inércia de seus companheiros nas últimas temporadas. São anos de trabalho de um lado contra meses de trabalho do outro, um projeto a longo prazo que já colhe frutos contra -mais- um recomeço do United.
Mais uma vez, a torcida imediatista e já sem paciência para os discursos de melhora, e a imprensa obcecada por likes veem o placar elástico e começam a nomear culpados, sabemos que eles existem, mas que estiveram bem longe dos gramados hoje. Varane saiu machucado ainda no 1° tempo, dando lugar a Lindelof, ainda no intervalo, ETH trouxe Shaw para o lugar do pendurado Malacia.
Há uma esperança verde e amarela bastante conhecida e escolhida a dedo por nosso treinador ( não, não estou falando do volante famoso lá não) , seu gol — golaço- pode não ter mudado o cenário atual da partida de hoje, mas com certeza servirá para aumentar ainda mais a sua confiança com a camisa Red Devil, Antony que chegou depois de uma interminável novela e após declarar de todas as formas o seu desejo de se juntar ao clube de Old Trafford, foi um dos poucos jogadores ofensivos a buscar algo no jogo de hoje.
Nossos meias tão elogiados, hoje não se encontraram, ten Hag decidiu mexer novamente, Casemiro e Martial para as vagas de McTominay e Rashford; mais tarde, Sancho deu lugar a Fred, que entrou com fôlego novo, e num lance cara a cara com Ederson, a bola sobrou para Martial marcar o 2° gol do United. Mas a essa altura já estava 6 para o City…
Lembram do Martial? Nosso velho e contestado atacante que volta depois de 1 ano emprestado ao futebol espanhol ainda teve tempo de ser derrubado na área por Cancelo e marcar nosso 3° gol na partida.
9 gols, 6 do City e 3 do United: Haaland 3x, Foden 3x, Martial 2x e Antony
Não há adjetivos para descrever o que fez e vem fazendo Haaland na Inglaterra, deixarei isso por conta da criatividade de vocês, Foden também merece méritos, não é balado quanto o norueguês mas hoje foi tão letal e eficiente quanto ( que seja assim na Copa).
Mais uma goleada histórica, vexame amenizado por 3 gols não deixa de ser vexame. A sequência de vitórias foi ótima, nos encheu de sonhos e esperança de dias melhores, foram 4 vitórias seguidas, duas delas contra grandes rivais, hoje foram 6 gols sofridos para mostrar que há sim uma evolução, mas ainda há muita, mas muita coisa a ser acertada em OT, não devemos falar em título pós vitórias contra Liverpool e Arsenal, assim como não podemos virar as costas e ir embora do estádio/desligar a TV após um 4×0 no 1° tempo, a gente já viu coisa pior, vocês sabem… Vamos jogo a jogo, rodada a rodada, nossos problemas não deixaram de existir após a sequência de vitórias, assim como as melhoras -e vocês também sabem que tivemos- alcançadas por ETH não podem ser descartadas após mais um tropeço vexatório.
Texto da Leniele Campos – perfil no twitter: @lenielecampos